Terceiro dia de protestos no Haiti termina com um morto e um ferido

Várias manifestações contra a inflação e para exigir a saÃda do presidente haitiano, Jovenel Moïse, paralisaram no sábado (9), pelo terceiro dia consecutivo, as atividades das principais cidades do Haiti e deixaram pelo menos um morto e um ferido. Os manifestantes estão nas ruas desde quinta-feira (7).
Um jovem faleceu, e outro ficou ferido a tiros no sábado à tarde, no centro de Porto PrÃncipe, onde centenas de pessoas se reuniram para pedir a saÃda imediata de Moïse, após a publicação de um informe sobre corrupção e má gestão do dinheiro público.
Diante do hospital para onde o corpo foi levado, a polÃcia atirou para o alto para dispersar um grupo enfurecido de cerca de 200 pessoas.
Pela manhã, também houve manifestações em outras cidades próximas da capital para protestar contra a alta dos preços. À tarde, as principais estradas de acesso à área metropolitana de Porto PrÃncipe foram bloqueadas por barricadas de pneus em chamas.
"Apesar das dificuldades, a polÃcia mobiliza todos os seus esforços para garantir a segurança das vidas e dos bens das pessoas em todo paÃs", declarou a PolÃcia Nacional do paÃs (PNH) à AFP.
Inflação e corrupção
Organizadas no aniversário do fim da ditadura de Duvalier, em 7 de fevereiro de 1986, as manifestações opositoras exigem um fortalecimento das instituições do Estado, contaminadas pela corrupção.
Na semana passada, o Tribunal Superior de Contas divulgou um informe de auditoria sobre a calamitosa gestão e os possÃveis desvios de fundos emprestados desde 2008 pela Venezuela para o Haiti, com o objetivo de financiar seu desenvolvimento econômico e social.
Cerca de 15 ex-ministros e altos funcionários são apontados no documento, assim como uma empresa dirigida naquele momento pelo atual presidente. A companhia é identificada como beneficiária de recursos para um projeto de construção de uma estrada sem que qualquer contrato tenha sido assinado.
Além disso, a economia haitiana, afetada por uma inflação superior a 15% durante dois anos, enfrenta uma acelerada desvalorização da moeda nacional, o gourde, em relação ao dólar, o que aumenta os preços dos produtos de primeira necessidade, majoritariamente importados.
Haiti var allowInteraction = 1; window.cdaaas.SETTINGS = Object.assign({COMMENTS_ALLOW_INTERACTION: allowInteraction}, window.cdaaas.SETTINGS);Fonte: G1